Oi pessoal.....vamos para mais um “post estatístico”..
Melhor do que saber fazer é compreender onde usar
determinados tipos de gráficos!
Qualquer processo de produção apresenta variedade em seus
dados. São as chamadas causas naturais e próprias do processo. Isso é
desejável.
No entanto, alguns problemas podem ocorrer durante uma
produção. A máquina pode sofrer um desajuste, a temperatura aumenta, uma peça
do equipamento quebra..... quem nunca passou por essas situações dentro de um
ambiente de produção?
Pois bem, imprevistos como esses fazem aumentar a
variabilidade do processo. Isso acaba sendo apresentado no gráfico de controle
como pontos fora dos limites de controle ou ainda de forma atípica.
Essa variação diferente, inesperada, aponta a ocorrência de
uma causa especial de variação. Podemos traduzir esse nome como uma interferência
de algo incomum durante o processo.
MEU PROCESSO ESTÁ FORA DE CONTROLE ESTATÍSTICO?
Essa é uma pergunta usual de quem avalia um relatório de
RPP. Seguindo o raciocínio do post anterior, um gráfico de controle apresenta
uma faixa de variação chamada de limites de controles superior e inferior.
Esses limites nada mais são do que indicadores de estabilidade do processo.
Se,
Todos os pontos do seu gráfico estiverem dentro dos
limites de controle e a disposição dos pontos dentro dos limites de controle é
aleatória...... seu processo esta SOB CONTROLE ESTATÍSTICO.
Se,
- Existem pontos fora dos limites de controle
- Existe mais de seis pontos consecutivos de um lado da
linha central
- existem 10 ou mais pontos de um só lado da linha central
O seu processo está FORA DE CONTROLE ESTATÍSTICO.
Ainda pode-se dizer que o processo está fora de controle
quando existem as periodicidades (subidas e descidas no gráfico em intervalos
regulares)
e as chamadas tendências, onde os pontos se direcionam para cima ou para baixo.
Mas qual seria a causa? Aí é que vem a graça de estudar o processo..... essas
informações nos ajudam a pensar sobre o processo mas não respondem todas as
nossas perguntas. Por exemplo:
Um gráfico com uma tendência para baixo pode significar um
desgaste do equipamento..... mas isso não é regra.
Nesse caso, existe a necessidade de um estudo compartilhado
com diferentes áreas para entender melhor quais as possíveis causas de
variações especiais dentro do seu processo.
Até a próxima!!
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Fonte: VIEIRA, S. Estatística para a Qualidade – 2 ed – Rio de
Janeiro – Elsevier, 2012.